É SEMPRE BOM LEMBRAR QUE UM COPO VAZIO ESTÁ CHEIO DE AR*










16.6.10

All, (parte 3)

Eu poderia muito bem parar de querer você. Eu poderia muito bem atravessar a década de 80, lá é onde estão as mulheres de minha vida, casadas, com o Leminski, com o Franz, com o meu tio!

(eu irei Atravessar/
Firme/
///////// como um travessão que precede a voz do tempo)

Eu vou visitá-los e eles não me deixam parar de querer você.
Eles me aconselham escrever canções///////////(
eu escrevo canções mas elas não me tornam parecido com o Chico, único homem vivo com o charme de um poeta morto
)
Eles dizem, "Você tem que ser como um poeta morto, filho..."

Ah//

Eu escrevo para não morrer, All, e tanto a vida quanto a poesia não tem valor nenhum pra você. Eu escrevo porque estou vivo mas isso lhe soa brega (você é mais triste e bonita que isso).


Eu e a felicidade corremos atrás de você e eu sempre chego depois dela, a tempo de pegar apenas sua boca desdesenhando um sorriso seu... desdenhando um sorriso meu...

O que me diria se eu e a felicidade chegássemos juntos?

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